Pois bem, até onde me lembro, sempre fui fascinado pelas estrelas. Não é a toa que filmes de ficção como: Perdidos no espaço, StarWar, Jornada nas Estrelas... Entre outros do gênero, eram e ainda são meus prediletos.
Lembro-me que em um período de férias escolares, eu, ainda um adolescente, e meu falecido avô paterno, um agricultor semianalfabeto com mais de 80 anos na época, assistimos juntos, episódios de um documentário (COSMOS) que falava sobre a formação do Sistema Solar, das estrelas, das galáxias, de todo universo cósmico. Este documentário tentava dar uma luz, a luz da ciência, sobre questões existenciais como:
Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos?
Questões como estas, desde muito cedo, antes mesmo da adolescência, já habitavam meus pensamentos. Claro que naquela época não saberia esboçar nem sequer uma pequena dúvidas e muito menos teria capacidade de expressar uma grande opinião a respeito. Mas uma coisa era certa: A curiosidade que eu tinha era muito grande. Ahhh! Era sim!E esta curiosidade teve sua origem bem antes, do tempo de férias com meu avô. Lá pelos meus 6 a 7 anos de idade. Um tio meu - que na época era sargento da Aeronáutica - que o diga. Dei "muito trabalho" a ele. Fazia tantas perguntas que parecia não ter fim...
Esta época passou, mas não passou a curiosidade nem o interesse por tais assuntos!
Pelo contrario, o que em 1980 foi visto com o meu avô de 80 anos, agora, em 2015 vejo com meu filho de 15 anos, que assim como eu é curioso sobre os mais diversos assuntos.
Ora, tentar entender sobre assuntos variados, mesmo que seja como leigo, requer que se faça algum esforço. Mas, este esforço é compensado quando os resultados obtidos saciam - nem que seja em parte - minha curiosidade.
E se você esta pensando que este esforço é algo cansativo, pelo contrário, é algo extremamente prazeroso, pelo menos pra mim é! É como fazer uma viagem de férias, cheia de aventuras... Mas, não me refiro a viagens de natureza geográfica, entre duas cidades quaisquer – apesar de estas quando possível, também serem muito boas - no entanto, nem de longe chega perto das viagens que aqui falo.
Todavia, quando quero ir além, em um lugar onde ninguém que eu conheça tenha ido, então, levo comigo uma companheira inseparável, a “Imaginação”.
A “Imaginação”:
É da família do “Devaneio”...
É irmã da “Fantasia”...
É prima da “Ilusão”.
A “Imaginação”:
É capaz de torna a viagem bem mais emocionante...
É capaz de transpor barreiras intransponíveis...
É capaz de descobrir caminhos inexplorados.
É bem verdade que às vezes preciso usar os freios, para que a “Imaginação” não me leve a lugares sem volta. E é por isso, que também levo comigo outra companheira, a “Cautela”.
A “Cautela”:
É da família da “Segurança”...
É irmã da “Precaução”...
É prima do “Cuidado”.
A “Cautela”:
Já me resguardou de viagens frustradas...
Já me poupou de fazer viagens inúteis...
Já me livrou de acidentes no percurso.
É bem verdade que às vezes preciso usar o acelerador, senão, a “Cautela” não me deixa sair do canto.
Viajar em companhia da “Imaginação” e da “Cautela” é tudo de bom! Entretanto, tanto a “Imaginação” quanto a “Cautela”, possuem limitações quanto à visão.
A “Cautela”, por sua vez, vê os limites muito próximos, antes mesmo deles aparecerem de fato! Isso poderá fazer com que a viagem fique muito curta. Mal começa, acaba!
Ou seja:
Viajar com a companhia da “Imaginação” e da “Cautela”, é certeza de conflito! E para resolver esta tensão conflituosa, e tornar a viagem mais proveitosa, é que sempre convido uma terceira companheira: A “Reflexão”!
A “Reflexão”:
É da família do “Raciocínio”...
É irmã da “Sensatez”...
É prima da “Ponderação”.
A “Reflexão”:
Ajuda-me a ser imparcial...
Ajuda-me a considerar os dois lados de uma moeda...
Ajuda-me a decidir a quem dar ouvidos:
Se a “Imaginação” ou a “Cautela”.
E assim, a viagem vai até onde tem de ir. De forma que, acelero e vou além, quando a “Imaginação” convêm ou freio e paro quando a “Cautela” intervém.
Mas, não vamos nos esquecer:
Existe um motivo para tantas viagens e tantas companheiras!
O motivo é a necessidade visceral que tenho de entender a existência, e o que nela existe.
Então, ao tentar entender à existência, escolho uma perspectiva antes de iniciar minha viagem.
Se a perspectiva escolhida for o tempo, então, viajo em direção ao passado, passando pelo presente e indo de volta para o futuro, para ver se assim consigo entender o que existe no tempo e fora do tempo e quem sabe até a eternidade..
Se a perspectiva escolhida for o espaço, então, posso mergulhar em direção ao extremo do micro, no nível existencial atômico e subatômico, mas também posso levantar voo em direção ao extremo do macro, começando a viagem pela vizinhança dos sistemas planetários, seguindo adiante pelas galáxias mais próximas, indo até os confins do universo, e quem sabe conhecer o multiverso.
Se nesta viagem a “Imaginação” estiver ativa e a “Cautela” não vê problemas, então poderei pegar carona nos buracos de minhoca; ou quem sabe nos buracos negros; ou ainda nos buracos brancos. Afinal, no UNIVERSO parece que tudo acaba em um buraco e não em pizza rsrsr... Será?
E ao fazer viagens como esta, vem a "Reflexão" e me pergunta:
Por que existem tantas dimensões e só conseguimos perceber três, no máximo 4 se considerarmos o tempo como uma dimensão ou Talvez 5 se considerássemos aquilo que é espiritual como outra dimensão?!
Afinal, quantas dimensões existem na existência?
E se colocarmos o "Homem" nessa história?
Como entender o homem em sua insignificante existência relacionada ao tempo e ao espaço em que o referido insignificante existe?
E se colocarmos DEUS nessa história?
Diz-se de DEUS que: Deus sempre existiu! Se "Algo" sempre existiu, então, existiu antes mesmo da existência existir, você não acha?!
TÁ NA HORA DE PARAR!
Mas antes de parar, reflita a respeito, e se isso for verdade para você, então você para! Afinal, você achou seu limite. E é bom ouvir a “Cautela”.
Todavia, existem aqueles em que este ponto da viagem, é apenas o ponto de partida e a viagem mal começou. Se for esse o seu caso, assim como é o meu, então, deixa a “Imaginação” fluir e vá até o infinito e além.
E ai, bora viajar?
Antogofe
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